
Por Felipe Eberhardt
CEO na BIX, criando softwares que pensam — e repensam.
Construir um produto SaaS B2B de sucesso vai muito além de entregar boas funcionalidades. O verdadeiro diferencial está em medir os sinais certos de uso e engajamento. Sem métricas claras, fica impossível tomar decisões embasadas sobre crescimento, retenção e satisfação do cliente.
Neste artigo, reunimos as principais métricas de produto para SaaS B2B — explicando como funcionam, por que importam e quando devem ser aplicadas para orientar a evolução do seu software.
O que são métricas de produto em SaaS B2B
Métricas de produto são indicadores que mostram como os usuários interagem com o software e de que forma esse comportamento impacta os resultados de negócio. Diferente de métricas financeiras amplas, como LTV ou ARPU, elas se concentram no uso em si: adoção de recursos, frequência de acesso e engajamento real. Para times de produto, são um termômetro da saúde da plataforma e revelam pontos fortes e gargalos que precisam de atenção.
O que torna as métricas de produto em SaaS B2B realmente valiosas
Nem todo indicador merece ser acompanhado. Boas métricas de produto são fáceis de entender, comparáveis ao longo do tempo ou com benchmarks de mercado, específicas em relação ao que medem e, acima de tudo, acionáveis — ou seja, apontam um caminho claro de melhoria quando variam. Se uma métrica muda, mas não orienta nenhuma ação, dificilmente trará impacto. Por isso, o ideal é priorizar métricas que combinem pelo menos três dessas características.
Métricas essenciais para acompanhar em SaaS B2B
Usuários ativos (DAU / WAU / MAU)
O acompanhamento de usuários ativos diários, semanais ou mensais ajuda a medir a vitalidade do produto. Mais do que saber quantas pessoas logaram, o importante é cruzar o dado com outras métricas para entender se a interação representa engajamento real.
Taxa de adoção
Esse indicador mostra a proporção de cadastros que efetivamente se tornam usuários ativos em determinado período. Ele funciona como um reflexo da qualidade do onboarding: se a taxa for baixa, é provável que novos clientes estejam enfrentando barreiras já no início da jornada.
Retenção de clientes
Reter usuários é sinal de que o produto realmente entrega valor. A fórmula mede quantos clientes permanecem ativos ao longo do tempo, descontando novos entrantes. Uma queda na retenção é alerta vermelho, mesmo em cenários de crescimento de base.
Relação DAU/MAU (stickiness)
Ao dividir usuários ativos diários pelos mensais, você obtém o quanto sua base interage com frequência. Um índice acima de 20% já demonstra que o produto faz parte do cotidiano do cliente. Essa métrica complementa a visão de retenção e mostra o nível de hábito criado.
Uso de funcionalidades
Saber quais recursos são explorados com mais intensidade é essencial para definir prioridades de roadmap. Muitas vezes, features de alto custo de desenvolvimento têm baixa adoção, enquanto recursos simples concentram o engajamento. Monitorar esse dado ajuda a realinhar investimentos.
Net Promoter Score (NPS)
O NPS mede a disposição dos usuários em recomendar sua solução a outras pessoas. Por trás da nota, está um indicador valioso de lealdade e potencial de crescimento orgânico. Além disso, cruzar NPS com métricas de uso revela insights profundos sobre satisfação.
Ativação de novos usuários
Essa métrica identifica quantos novos clientes realizam a primeira ação de valor dentro do produto — o famoso “aha moment”. Quanto mais rápido os usuários chegam a esse ponto, maior a probabilidade de se tornarem clientes de longo prazo.
Métricas de produtividade
Aqui o foco não é quanto tempo os clientes passam na plataforma, mas se conseguem executar tarefas de forma rápida e eficiente. Medir “time to value” ajuda a encontrar gargalos na experiência.
Duração da sessão
Embora pareça simples, a duração média das sessões pode indicar tanto engajamento quanto ineficiência. O segredo é interpretá-la em conjunto com métricas de produtividade para saber se os usuários estão aproveitando bem o tempo ou apenas enfrentando fricção.
Chamados de suporte por usuário
Um aumento repentino de tickets sugere problemas de usabilidade ou funcionalidades pouco intuitivas. Essa métrica sinaliza onde o produto pode estar gerando atrito e aponta oportunidades de melhoria direta.
Tempo até a ativação
Mais do que a taxa de ativação, é importante medir em quanto tempo ela acontece. Reduzir esse ciclo aumenta a satisfação inicial e diminui as chances de abandono precoce.
Convites e compartilhamentos
Usuários que convidam colegas ou compartilham o produto demonstram alto grau de satisfação. Esse comportamento também funciona como canal orgânico de aquisição, ampliando o alcance sem custo extra de marketing.
Como escolher as métricas certas para o seu SaaS
Não existe lista única que funcione para todos os produtos. Startups em fase inicial tendem a priorizar ativação e retenção, enquanto empresas maduras focam em engajamento profundo e expansão de funcionalidades. O segredo é alinhar métricas com os objetivos estratégicos do negócio, revisar periodicamente os resultados e complementar a análise quantitativa com feedback qualitativo dos usuários. Só assim os números se transformam em ação concreta.
Conte com a BIX para evoluir suas métricas de produto SaaS B2B
Monitorar os indicadores corretos é o que separa empresas que apenas coletam dados daquelas que realmente crescem de forma sustentável. Mais do que acompanhar números, trata-se de entender o comportamento dos usuários e ajustar continuamente a jornada.
Na BIX, ajudamos negócios SaaS a desenhar estratégias de dados e produto que unem performance e escalabilidade. Entre em contato conosco e descubra como transformar métricas de produto em decisões que aceleram seu crescimento.