Como e por que implementar DataOps na sua empresa?

Conteúdos deste artigo:

Imagem de monitoramento de dados ao fundo, com um símbolo do infinito escrito DataOps.

DataOps emerge como a resposta ágil e eficiente para gerenciar dados na sua empresa, unindo tecnologia e processos para impulsionar a inovação e a tomada de decisão. No mundo cada vez mais orientado por dados, a eficiência e a qualidade na gestão dessas informações se tornaram diferenciais competitivos cruciais para as empresas. É nesse contexto que surge o DataOps, um conjunto de práticas que visa aprimorar a utilização e a otimização dos recursos por meio de automações, com o objetivo de reduzir os custos de infraestrutura e aumentar a confiabilidade dos dados.

Neste artigo, discutiremos o conceito de DataOps, seus fundamentos essenciais e as estratégias para uma implementação eficaz em sua empresa, independentemente do estágio de maturidade dos seus dados.

O que é DataOps?

DataOps é como um conjunto de práticas que visam aprimorar a utilização e a otimização dos recursos por meio de automações, com o objetivo de reduzir os custos de infraestrutura e aumentar a confiabilidade dos dados. 

DataOps reduz os custos associados à entrega de dados, melhora a confiabilidade dos dados e promove uma cultura de colaboração e automação entre as equipes. Para que isso seja possível, contamos com a Engenharia de Dados, que garante que os dados estejam disponíveis, acessível e em formato adequado para análise e posterior tomada de decisão.

E por que esses benefícios são importantes para a sua empresa?

  • Velocidade e Agilidade: Os insights são entregues e disponibilizados rapidamente.
  • Qualidade e confiabilidade: Dados consistentes com a realidade do seu negócio.
  • Colaboração entre equipes: Alinhamento entre equipes de Negócio, TI e Dados. 
  • Redução de custos: Otimização dos gastos e uso eficiente de recursos.


A implementação de DataOps pode transformar a forma como sua empresa gerencia e utiliza os dados, tornando-a mais ágil, eficiente e competitiva. Invista em DataOps e veja como essa metodologia pode elevar a sua estratégia de dados a um novo patamar.

Os três pilares de DataOps

Automação

A automação nos dá a confiança necessária para executar processos e fluxos de trabalho com segurança. É a base que nos permite implementar melhorias e novas funcionalidades rapidamente em nossos produtos. No contexto de DataOps, seu papel é semelhante ao de DevOps, onde gerenciamos mudanças, integração e deploy contínuos, além de utilizar configurações como código.

  • Versionamento e Gerenciamento de Mudanças

O versionamento ou gerenciamento de mudanças é realizado em diferentes ambientes. Ferramentas como o Git permitem criar e manter repositórios de código e arquivos com controle de versões e separação de ambientes. Dessa forma, podemos rastrear toda a evolução do nosso repositório e reverter para versões anteriores em caso de problemas.

  • Integração e Deploy Contínuos (CI/CD)

A prática de Continuous Integration e Continuous Deployment (CI/CD) automatiza o processo de alteração e implementação de código. Utilizando ferramentas como Github Actions ou Jenkins, cada alteração em um arquivo ou código no repositório desencadeia uma série de testes automatizados que aprovam ou não as mudanças, e, em seguida, implementam-nas em ambiente de produção.

  • Infrastructure as Code (IaC)

Infrastructure as Code (IaC) envolve o uso de linguagens específicas e arquivos padronizados para criar e modificar infraestruturas físicas ou virtuais de computação. Com IaC, podemos criar arquivos que, quando executados por um interpretador, configuram ou alteram serviços e recursos computacionais. Isso traz as vantagens do CI/CD e do versionamento para a infraestrutura de TI, eliminando a necessidade de interfaces gráficas ou de aquisição de hardware físico para criar um novo banco de dados. Basta alterar um parâmetro em um arquivo e essas mudanças serão testadas pelo nosso pipeline CI/CD e registradas no histórico de versionamento.

Uma das linguagens de configuração de infraestrutura mais populares é o Terraform. Com um arquivo escrito em Terraform, basta usar um framework que se comunique com o ambiente em uso para criar e destruir recursos computacionais com a rapidez de um comando no terminal.

Monitoramento e observabilidade:

Imagine que você está começando o dia de trabalho, você verifica que não há erros em suas tarefas e se sente preparado para continuar desenvolvendo um software inovador. No entanto, um colega de outra área questiona por que o relatório na camada Gold não apresenta dados do mês atual. Após investigar, você descobre que, embora suas implementações estejam normais, o sistema na ponta, que gera os dados, parou de funcionar há duas semanas. Essa falha passou despercebida por falta de monitoramento, resultando em relatórios alimentados com dados desatualizados, o que influenciou decisões importantes com base em informações incorretas. Este cenário ilustra a importância crucial do monitoramento contínuo dos dados e dos sistemas que os produzem para evitar decisões erradas e consequências desastrosas para a empresa.

Existem várias ferramentas e práticas que podem auxiliar o monitoramento. É essencial que todos os envolvidos na cadeia de uso desse dado possam ter a possibilidade de identificar mudanças ocorridas em qualquer etapa da produção desse dado ou nas aplicações envolvidas no meio dela, desde a ingestão até a disponibilização. Ressaltamos aqui três áreas de monitoramento e observabilidade:

  • Data Lineage: A prática traz uma visão gráfica do caminho do dado desde a sua produção até as tabelas finais, além de mostrar possíveis gargalos e erros, algumas ferramentas que a gente pode citar para isso são Apache Atlas e OpenMetadata.
  • Data Catalog: Um catálogo de dados, como o Data Hub, é um serviço ou prática que dissemina o conhecimento sobre qualquer tabela, coluna ou KPI existentes dentro de uma organização. Ele permite que qualquer usuário, com as permissões adequadas, explore essas tabelas e entenda o trajeto dos dados. O catálogo de dados combina componentes automatizados, como a integração da aplicação com ferramentas de armazenamento de dados, e uma parte de preenchimento manual pelo usuário.
  • Monitoramento: Utilizando ferramentas como Prometheus e Grafana, podemos monitorar o sucesso e as falhas de nossos processos, além de outras métricas, como os volumes de dados provenientes de cada uma de nossas fontes de dados e a quantidade de campos nulos, entre outros. Também podemos configurar alertas e processos para detectar anomalias no fluxo de dados, como falhas em alguma tarefa ou uma taxa atípica de ingestão de dados de uma determinada fonte. Isso nos permite receber avisos sobre falhas ou anomalias e entender como proceder para resolvê-las.

Gestão de incidentes

Não importa o quão evoluído seja seu time ou o quão perfeita seja sua arquitetura moderna de dados, erros inevitavelmente acontecerão.

A gestão de incidentes, como um pilar do DataOps, envolve utilizar todos os recursos discutidos anteriormente para resolver problemas de forma rápida e confiável. No entanto, não se trata apenas de ferramentas e softwares, mas também de cultura. Para estabelecer um protocolo eficaz de gestão e tratamento de incidentes, é essencial ter uma comunicação aberta tanto dentro do time de engenharia de dados quanto em toda a organização. Para isso, deve-se incentivar uma cultura de feedback periódico sobre o desempenho das aplicações e a qualidade dos dados entre diferentes equipes. Além disso, o time de engenharia de dados deve ser proativo, identificando problemas antes que eles ocorram e afetem as áreas de negócio.

Como inserir DataOps na minha empresa?


Para Empresas Iniciantes

Se a área de dados da sua organização é recente e os sistemas ainda estão em fase de implementação ou foram recentemente implantados, este é um momento ideal para adotar uniformemente as práticas de DataOps. Desde o início, é crucial integrar a automação nos fluxos de trabalho, abrangendo a criação de infraestrutura, gerenciamento de código e mudanças. Além disso, é essencial implementar ferramentas e softwares para monitorar a infraestrutura e garantir a qualidade dos dados. Conforme seus produtos começarem a ser utilizados, disseminar a cultura organizacional de DataOps entre os clientes internos e externos é fundamental.

Para Empresas Experientes

Se sua empresa já possui uma equipe de dados estruturada e os sistemas estão gerando valor, o cenário exige uma abordagem diferente. Recursos podem estar mais limitados para a implementação de práticas e ferramentas que proporcionam valor a longo prazo. Recomendamos começar com a implementação de monitoramento e observabilidade, o que traz benefícios imediatos para a equipe de dados. Em seguida, é importante adotar práticas de automação, como CI/CD, testes unitários, ferramentas de orquestração e Infraestrutura como Código (IaaC). Finalmente, trabalhar na gestão de incidentes de dados, utilizando as ferramentas e práticas já integradas nos fluxos de dados, proporcionará uma resposta mais eficiente a problemas.

Medindo o Valor das Práticas e Cultura de DataOps

Para avaliar o impacto das práticas e cultura de DataOps, é necessário considerar o custo de implementação, incluindo despesas com ferramentas e tempo de mão de obra. Esse custo deve ser comparado com as economias geradas nos processos organizacionais, especialmente em termos de tempo na implementação e modificação de softwares, produtos e infraestrutura. Adicionalmente, o tempo economizado na resolução de problemas relacionados a dados também deve ser levado em conta.

Quer explorar ainda mais o assunto e assistir a uma demonstração prática? Acesse ao conteúdo da Jornada de Engenharia de Dados 2024.

Veja uma demonstração prática e fique por dentro das estratégias de implementação de DataOps.

Para saber como a sua empresa pode utilizar o melhor do DataOps de acordo com a sua realidade, entre em contato com a BIX Tecnologia. Estamos prontos para ajudar a transformar sua área de dados e maximizar seus resultados!