Um dos assuntos mais comentados do último ano foi o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR), que entrou em vigor no dia 25 de maio de 2018 na União Europeia. O Google, na semana passada, recebeu uma multa no valor de 50 milhões de euros por não ter cumprido algumas das exigências necessárias na França. O uso de dados, cada vez mais, constituem uma pauta de enorme relevância.
O motivo que levou a empresa a ser penalizada foi não ter fornecido aos usuários a quantidade necessária de informações sobre o consentimento de dados. Isso acaba, de alguma forma, obstruindo a transparência quanto ao uso dessas informações. Quem determinou essa punição foi o CNIL, órgão francês que fiscaliza a GDPR.
O valor é alto, mas poderia ser ainda maior: Alguma das punições previstas podem chegar a 4% do faturamento da empresa. Nesse caso, chegaria a algo em torno de 5 bilhões de dólares.
Em 2012, a instituição americana Federal Trade Comission (FTC) já havia punido o Google por algo parecido – problemas com política de privacidade – no valor de 225 milhões de dólares. A mesma entidade, agora, visa punir outra gigante: o Facebook, pelo polêmico caso da Cambridge Analytica.
Apesar dessas notícias envolverem algumas questões negativas – que demandam repercussão e discussão -, é importante que fique claro como os dados estão sendo aplicados em outras situações muito interessantes, seja por empresas públicas ou privadas.
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Futedados
Por exemplo, na NFL, todos os times têm chips instalados nos capacetes e na roupa de seus jogadores. Dessa forma, é possível ter acesso a dados em tempo real sobre os craques. Isso pode munir técnicos com informações como qual é o jogador mais rápido em campo ou se algum atleta corre risco de lesão, influenciando em decisões estratégicas e aumentando as chances de vitória.
De fato, toda a experiência de se assistir a um jogo, independente do esporte, tem o potencial de ficar muito mais rica e interessante. É óbvio que entusiastas teriam um interesse em saber o rendimento de um jogador numa determinada área do campo, por exemplo. Mas, outros setores também podem se beneficiar e muito.
Games como FIFA ou Madden contariam com a possibilidade de uma representação ainda mais fiel dos atletas. Com base nos dados, as escolhas em jogos como Cartola ou Fantasy seriam muito mais planejadas. E até mesmo a construção da história de times ou campanhas poderia ficar mais completa em livros ou documentários.
As aplicações são tamanhas que levaram a NFL a lançar um concurso chamado Big Data Bowl. Quem apresentar os melhores insights baseados nos dados que a liga gera é o vencedor de alguns ingressos e de um vale compra na loja oficial. Para essa edição do campeonato, as inscrições encerraram – mas já dá pra ir se planejando para a próxima.
Mesmo tendo tantas possibilidades empolgantes, ainda há a necessidade de se discutir a proteção desses dados. Eles pertencem aos jogadores, ao clube ou são públicos? Podem ser vendidos para portais ou emissoras? É positivo que existam negociações de atletas direcionadas ou contratos baseados em rendimento por dados?
Dados que salvam vidas
As potencialidades dos dados são grandes e diversos setores públicos estão de olho nisso, consolidando até parcerias com o setor privado. Inclusive para salvar vidas.
Um exemplo eficiente foi o que aconteceu no incêndio da Califórnia em novembro do ano passado. Naquela situação, foram relacionadas imagens de satélite e localização de celulares para evacuar regiões e prevenir casualidades. Essas combinações ainda permitem recomendar áreas seguras e organizar resgates.
Uso de dados em parcerias para a ciência
Claro que a análise de dados pode contribuir e muito para pesquisas e a ciência como um todo. Porém, para tanto, é necessário incentivo e também, parcerias.
Alguns cases são:
- Projeto Electome, do MIT. Lá, analisam dados de atividade do Twitter para gerar relatórios mais eficientes sobre as eleições presidenciais de 2016, em que Donald Trump tornou-se presidente.
- Programa de Pesquisa de Gráfico Econômico. Usando os dados que tem, o LinkedIn pretende fazer análises sobre condições econômicas e comportamentos na busca de emprego.
- Programa Connected Citizens. O Waze tem uma parceria com mais de 60 cidades para que, com base nos dados do aplicativo, a mobilidade urbana possa ser aprimorada
Como é possível ver, instituições de todos os setores e portes têm apostado em análise de dados como forma de inovação de meios ou para criar novos produtos e soluções. Business Intelligence usa isso para facilitar tomadas de decisão e garantir mais eficiência em todos os métodos de uma empresa.
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