Análise de Dados no Varejo

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A Transformação Digital está levando disrupção a diversos segmentos. O comum e cotidiano ato de fazer uma compra, por exemplo, já deixou de ser o que era há 10 anos. Itens como cheque eram usados o tempo todo e comprar via Internet era algo escasso. No mercado atual, ganha quem usa as novas tecnologias a seu favor. E a Análise de Dados, unida ao Business Intelligence, são soluções essenciais.

É necessário adaptar-se às necessidades dos novos compradores. Como sinal de atualização do perfil do consumidor, o E-Commerce brasileiro cresceu 37,5%. Já o Fórum Econômico Mundial de Davos, apesar de possuir uma média de idade de 54 anos para homens e 49 para mulheres, ainda trouxe um grupo especial composto exclusivamente por millenials. Era missão deles co-presidir o evento, afinal, a economia tem que se preparar.

análise de dados no varejo
Foto por Mike Petrucci on Unsplash

É possível que comece um indagamento se, de fato, o varejo “tradicional” se encaixa na vida dos futuros consumidores e, até mesmo, no mercado atual. A resposta é: Claro que sim. 

Importância dos negócios de Varejo

As aberturas de capital são sempre um bom termômetro para saber se um mercado ou um negócio está indo bem ou caminhando para o fim. No começo do ano, a Levi’s (marca de jeans que você conhece) conseguiu, após três décadas fora, voltar a Wall Street com um salto de 32% no valor das ações. Agora, com o dinheiro arrecadado, a marca vai se voltar para conquistar mais espaço em mercados emergentes – como o brasileiro.

Mais um indicativo do mercado está na recém-formada Natura Holding, oriunda da compra da estadounidense Avon por parte da brasileira Natura. Passa a mobilizar cerca de 6,3 milhões de consultores, tornando-se a líder global em vendas diretas. Possui um valor aproximado de 11 bilhões de dólares.

Outra aquisição recente que virou novela no mercado envolveu a Netshoes, que via as suas ações caírem nos últimos anos. Depois de intensa disputa entre Magazine Luiza e Centauro, a compradora acabou sendo a Magalu, que gastou em torno de 115 milhões de dólares – um quinto do valor de mercado da varejista de calçados há dois anos.

Para a Centauro, o motivo do investimento era claro: Dominar o próprio segmento. Afinal, já era a líder com 5,4% do mercado e, com a segunda colocada Netshoes (4,6%), ampliaria a sua fatia – apesar de herdar um prejuízo de quase 100 milhões de reais. 

E para a Magazine Luiza, não foi um negócio da China? Longe disso! A divulgação dos primeiros resultados após a compra da Netshoes animou investidores e indicam um bom futuro para a empresa.

Negociação importante para o comércio eletrônico também foi a aquisição do Buscapé pela concorrente Zoom. Com compra, o comparador de preços espera chegar a um volume de vendas de 5 bilhões de reais. 

Mas apesar de negociações assim, seria uma mentira pensar que apostar em terras brasileiras é retorno certo. A Walmart, gigante varejista americana, encerrou o negócio de sua loja virtual – os negócios offline continuam e devem ser o foco – e pagou uma multa de 283 milhões de dólares para encerrar uma investigação sobre corrupção no Brasil e em outros países. Era o terceiro maior grupo varejista do Brasil, atrás de Carrefour e Pão de Açúcar.

Análise de Dados no Varejo: a inovação que todos apostam

Mas a própria Walmart também serve como representante da força do setor e das apostas que estão sendo tomadas. A varejista comprou uma startup chamada Aspectiva, cuja tecnologia analisa reviews de consumidores para ajudá-los e uma empresa de anúncios chamada Polymorph, para fazer anúncios mais completos com base em dados. Tem, também, investido muito no Intelligent Retail Lab (IRL), um espaço que vai combinar câmeras e inteligência artificial para melhorar serviços

A busca pela análise de dados também levou o MC Donald’s a comprar uma empresa de software que personaliza os menus utilizando Big Data. Chamada Dynamic Yield, custou em torno de 300 milhões de dólares e foi a maior aquisição do Mc nos últimos 20 anos. Será possível conhecer melhor os clientes, gerenciar estoques com mais eficiência e aumentar as vendas.

A Pepsi – que não é uma varejista em si, mas depende do Varejo para, bem, existir – tem investido muito também no seu time para combinar análise de dados com planejamento de mídia (marketing e publicidade). O objetivo é que isso leve a insights mais completos e otimize esforços em ativações e conteúdo.

Inovações e dados para supermercados

O Varejo supermercadista, como já abordamos aqui no blog, representa uma fatia importante da economia e tem no uso de dados uma aposta quase que segura para conquistar resultados melhores. Apesar de, muitas vezes, se tratar de instituições familiares ou um tanto quanto conservadoras em seus processos, nelas também estão tendências e inovações inspiradoras. Por exemplo, ao apostar em vestuário sem muitas sofisticações, a Costco, rede de mercados dos Estados Unidos, vendeu 7 bilhões de dólares em roupas no ano passado

No Brasil, a importância e potencial do setor pode ser medida pela compra de todas as ações do grupo Pão de Açúcar pela Via Varejo (empresa da Ponto Frio e Casas Bahia) no valor de 2,3 bilhões de reais. Vale ressaltar que essa rede já vinha investindo em inovações e deve lançar, até o final do ano, uma loja autônoma e interativa em parceria com a Microsoft.

A nova proprietária do grupo, a Via Varejo, é outra que sabe da importância dos dados e da inovação. Lançaram uma fintech, a banQi, que conta com saque grátis, pagamentos e recargas. Na prática, tendo acesso a mais informações de crédito, tendem a oferecer um serviço melhor. “Nós conseguimos criar um sistema de crédito dinâmico e positivo a partir dos próprios dados que o usuário disponibiliza”, afirma Victor Santos, CEO da Arifox, startup parceira na empreitada.

Nike e a compreensão das vantagens dos dados

Várias marcas que são fabricantes de produtos tem apostado em um varejo próprio como forma de aumentar vendas, relevância e presença da marca, além de conquistar novos espaços. Uma delas, que tem uma atuação de referência, é a Nike, que além de produzir diversos artigos esportivos ou de vestuário, também promove lojas próprias e de importante conceito. 

A Nike sabe que, para continuar se desenvolvendo, apostar em novas tecnologias é uma necessidade. E, dentre elas, a inteligência de negócios oriunda de dados tem um ponto de destaque. O aplicativo Nike Fit, por exemplo, ajuda o consumidor a encontrar o tamanho exato do tênis que precisa comprar. Para o comprador, praticidade. Para  a empresa, a possibilidade de desenvolver produtos mais particulares para determinadas regiões ou povos e organizar estoques com cada vez mais precisão.

Houve também a compra de duas startups. A primeira foi a Zodiac, de análise de dados. A aquisição visa usar essa expertise para fortalecer estratégias voltadas para o consumidor (como personalização de produtos) e construir relações duradouras com ele. 

A outra foi a Celect, fundada por professores do MIT, que mistura Big Data com Inteligência Artificial. O que a Nike quer aqui é análise preditiva, ou seja, utilizar a análise avançada de dados para predizer a atuação e desejo de compra dos consumidores. 

Aplicações da Análise de Dados para o seu Varejo

“À medida que a demanda por nossos produtos cresce, precisamos ser guiados por insights, otimização de dados e super focados em comportamento do consumidor.” disse Eric Sprunk, diretor de operações da Nike, em comunicado após a compra da Celect.

A fala de Sprunk, conclusivamente, não é isolada e facilmente se vê que empresas varejistas de todos os setores e tamanhos têm apostado em análise de dados como uma forma de conquistar melhores resultados e otimizar desempenho em várias áreas da empresa. Podem ser utilizadas para, dentre outras coisas:

  • Gestão de centros de distribuição;
  • Inventário e estoques;
  • Estratégias de marketing;
  • Personalização de produtos;
  • Predição de demandas;
  • Controle de qualidade.

Portanto, começar a apostar em dados ou refinar a sua estratégia é uma necessidade imprescindível. Acompanhamos todos os estágios de implementação de uma cultura guiada por dados e dominamos Business Intelligence aqui na BIX Tecnologia. Entre em contato conosco para conversarmos sobre as melhores soluções e ações.