Migração para nuvem: o que sua empresa precisa saber para fazer do jeito certo

Conteúdos deste artigo:

A migração para nuvem deixou de ser tendência para se tornar um padrão no mercado. De acordo com a Spacelift, 96% das empresas já utilizam nuvem pública em suas operações em 2025. Além disso, o investimento global na área já ultrapassa US$ 912,8 bilhões, com projeção de chegar a US$ 1,6 trilhão até 2030, segundo a AAG IT Services.

Esses números deixam claro: migrar para a nuvem não é mais uma decisão técnica, é uma jogada estratégica. E, como toda estratégia, exige planejamento: da escolha do provedor até o envolvimento da equipe.

Neste artigo, mostramos como a migração para nuvem evoluiu, quais são as principais abordagens e quais passos seguir para garantir um processo eficiente, seguro e com retorno claro para o negócio. Continue a leitura para entender mais!

Como a nuvem se tornou o novo padrão

Antes da nuvem, a infraestrutura de TI era local, cara e pouco flexível. Empresas precisavam manter servidores próprios, lidar com custos de manutenção altos e adaptar sistemas lentamente a cada mudança do negócio.

Esse cenário começou a mudar com a chegada de provedores como AWS, Azure e Google Cloud, que tornaram possível escalar rapidamente, integrar sistemas com mais agilidade e reduzir custos. Hoje, a nuvem já é parte essencial da operação em empresas de todos os tamanhos. Não é mais apenas uma solução tecnológica, mas, sim, uma estratégia de negócio.

E os resultados práticos reforçam esse movimento. Um estudo divulgado pela SimplyBlock, focado em varejo e bancos de dados relacionais em arquitetura híbrida (parte on-premises e parte em nuvem), mostrou que grandes lojas de e-commerce conseguiram reduzir cerca de 30% dos custos com banco de dados ao migrar parte dos sistemas críticos para a nuvem.

Essa mudança de paradigma mostra que migrar para a nuvem não é sobre “seguir uma moda”; é sobre preparar a empresa para competir melhor, inovar com mais velocidade e responder rápido às mudanças do mercado.

As 7 estratégias de migração para nuvem: qual faz mais sentido para o seu negócio

Uma migração para nuvem bem planejada começa com uma escolha estratégica: como mover cada sistema da forma mais eficiente, segura e alinhada aos objetivos da empresa. É aí que entram os 7 Rs, um modelo amplamente adotado que descreve os principais caminhos possíveis no processo de migração.

Cada um deles atende a contextos técnicos e operacionais diferentes. A escolha ideal depende do grau de maturidade da equipe, da complexidade dos sistemas legados e do impacto esperado no negócio.

1. Refatorar (ou Re-arquitetar)

Isso significa redesenhar o sistema do zero, com foco total em cloud-native. Requer reescrever parte ou toda a aplicação para tirar proveito máximo dos recursos da nuvem — como escalabilidade automática, microsserviços e arquiteturas serverless.

Ideal para: empresas que buscam inovação contínua, redução de latência e ganho de performance no longo prazo.

2. Replataformar

Replataformar quer dizer migrar com ajustes pontuais para aproveitar recursos da nuvem. Sem reescrever o sistema, é possível otimizar partes do ambiente, como mover o banco de dados para um serviço gerenciado ou trocar o servidor por um container.

Ideal para: quem quer modernizar sem grandes investimentos ou riscos de quebra na operação.

3. Repurchase

Substituir aplicações legadas por soluções SaaS. Ao invés de migrar sistemas antigos, a empresa adota ferramentas modernas baseadas em nuvem, como CRMs, ERPs ou ferramentas de colaboração.

Ideal para: quem busca simplicidade, agilidade e menor custo de manutenção.

4. Rehost (Lift and Shift)

Mover os sistemas exatamente como estão. É a migração mais direta e rápida: os sistemas são transferidos da infraestrutura de dados atual para a nuvem sem modificações.

Ideal para: quem precisa migrar rápido, com baixo risco e menor investimento inicial.

5. Relocar

Transportar a infraestrutura como um todo para a nuvem. Nesse modelo, toda a stack atual é movida para um ambiente de nuvem (geralmente privada ou híbrida), mantendo a arquitetura original.

Ideal para: operações que exigem controle rígido sobre a infraestrutura ou ambientes regulados.

6. Reter

Manter parte do ambiente on-premises, por enquanto. Nem tudo precisa ou pode ir para a nuvem. Nesse cenário, aplicações críticas ou altamente sensíveis seguem locais, enquanto outras partes migram.

Ideal para: empresas com sistemas legados complexos ou requisitos regulatórios específicos.

7. Retirar

Encerrar o que não faz mais sentido. Durante a avaliação, é comum identificar aplicações que já não têm valor ou que podem ser descontinuadas. Retirá-las da operação reduz custos e complexidade.

Ideal para: quem quer aproveitar a migração para enxugar o ambiente de TI.

Por que a migração para nuvem precisa ser estratégica?

Migrar para a nuvem não é apenas mover sistemas de um lugar para outro, mas também é alinhar tecnologia à estratégia do negócio. Um processo bem executado leva em conta muito mais do que infraestrutura: envolve finanças, segurança, cultura organizacional e planejamento de longo prazo.

Veja três pilares que reforçam a importância de tratar a migração como uma decisão estratégica (com exemplos práticos de quem fez isso da forma certa):

1. Eficiência de custos

A nuvem elimina gastos com infraestrutura física, manutenção e atualizações. Mas o ganho financeiro real vem depois da migração: monitorar o uso, ajustar recursos e eliminar desperdícios faz toda a diferença no resultado final.

Exemplo: Imagine um hospital que precisa armazenar um grande volume de prontuários eletrônicos. Ao migrar para a nuvem com escalabilidade sob demanda, ele consegue reduzir os custos com servidores locais e, ao mesmo tempo, garantir expansão automática em períodos de alta demanda.

E aqui fica uma dica: use ferramentas de projeção de custos e configure alertas de consumo para evitar gastos desnecessários.

2. Escalabilidade e flexibilidade

Com a nuvem, empresas ganham liberdade para escalar recursos conforme a necessidade, sem depender de investimentos em hardware. Isso torna mais fácil lidar com sazonalidades, novos projetos e equipes distribuídas.

Exemplo: Uma agência de marketing que precisa lançar campanhas simultâneas para diferentes clientes pode configurar autoescalonamento na nuvem. Assim, garante estabilidade durante os picos e evita pagar por recursos ociosos nos períodos de menor uso.

Por aqui, a dica da nossa equipe é aproveitar recursos como balanceamento de carga e autoescalonamento nativo do provedor.

3. Segurança e conformidade

Provedores de nuvem oferecem recursos robustos de proteção e compliance. Com políticas de acesso, criptografia, backups automatizados e monitoramento constante, é possível aumentar a segurança dos dados sem sobrecarregar a equipe de TI.

Exemplo: Um time de tecnologia pode adotar autenticação centralizada e trilhas de auditoria para controlar o acesso a dados sensíveis. Desse modo, facilita a conformidade com normas como LGPD ou GDPR, sem precisar de ferramentas externas complexas.

Nesse ponto, é importante revisar periodicamente suas permissões e políticas de acesso para manter o ambiente seguro e em conformidade.

7 passos para uma migração bem-sucedida

Não existe receita pronta, mas seguir uma estrutura clara evita erros comuns e ajuda a garantir resultados concretos. Confira um passo a passo prático para conduzir a migração com mais segurança e eficiência:

  1. Defina objetivos claros: Corte de custos? Inovação? Expansão? Entenda o porquê da migração para nuvem e alinhe os times técnicos e executivos em torno dessa visão.
  2. Mapeie o ambiente atual: Faça um levantamento completo de aplicações, interdependências e riscos. Isso evita que surpresas travem o projeto.
  3. Escolha o provedor ideal (ou a combinação certa): Avalie custos, suporte, compatibilidade e escala. Em muitos casos, estratégias multicloud ou híbridas oferecem mais flexibilidade.
  4. Crie um plano realista e escalável: Estabeleça prazos, recursos, marcos de entrega e planos de contingência. Foque em entregar valor desde os primeiros passos.
  5. Capacite sua equipe: Migração exige mudança de cultura e de ferramentas. Invista em treinamentos e defina “cloud champions” internos para apoiar o processo.
  6. Comece pequeno e aprenda rápido: Migre primeiro os sistemas de menor impacto. Meça resultados, identifique gargalos e use os aprendizados para as próximas fases.
  7. Otimize continuamente após a migração: Migração não é ponto final. Revise o uso de recursos, automatize processos e acompanhe as inovações do ecossistema de nuvem para manter o ambiente eficiente e atualizado.

Sua empresa está pronta para migrar para a nuvem com segurança e estratégia?

A migração para nuvem é uma forma de tornar o seu negócio mais ágil, eficiente e preparado para o futuro. Quando bem planejada, ela reduz custos, aumenta a segurança, melhora a escalabilidade e acelera a inovação. O segredo aqui está em entender o momento da sua empresa, escolher a estratégia certa e contar com especialistas que acompanham você do diagnóstico à implementação.

Quer tirar dúvidas sobre o processo de migração ou entender o que faz mais sentido para o seu cenário? Fale com o nosso time de especialistas e descubra como podemos apoiar sua jornada para a nuvem!

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