O banco de dados é parte fundamental dos sistemas digitais modernos, mas para quem é novo no tema, pode ser difícil de visualizar. Na verdade, existem muitas ferramentas que podemos considerar como exemplos de bancos de dados porque cumprem a função de armazenar um grande volume de informações, sem necessariamente ter esse objetivo específico. É o caso do Instagram ou do Gmail. Mas, no contexto dos negócios, se trata de um amplo conhecimento técnico.
Por isso, vamos responder as principais dúvidas de profissionais de diferentes setores, com explicações simples e diretas. Depois de ler este artigo, esperamos que você compreenda o conceito definitivo de banco de dados, vantagens de uso e principais tipos usados pelas empresas. Além disso, vamos falar sobre hospedagem em nuvem e outras dicas.
O que é um banco de dados?
Um banco de dados é um conjunto de informações que podem ter formatos diversos, como imagens, vídeos e documentos. Esse termo costuma se referir a arquivos que são armazenados eletronicamente, mas nem sempre. Para a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), por exemplo, bancos de dados são “conjuntos estruturados de dados pessoais, estabelecidos em um ou vários locais, em suporte eletrônico ou físico”.
Geralmente, também se considera que esses dados podem ser estruturados ou não estruturados. Isso muda o tipo de banco:
| Característica | Dados Estruturados | Dados Não Estruturados |
| Natureza | Usualmente quantitativa | Usualmente qualitativa |
| Modelo | Predefinido e é difícil alterá-lo | Modelo bem flexível |
| Formato | Número limitado de formato de dados | Grande variedade de formatos de dados |
| Banco de dados | Bancos baseados em SQL são utilizados | Bancos de dados NoSQL |
| Pesquisa | Fácil e rápido para localizar e pesquisar esses dados | Como não tem estruturas, é muito difícil procurar esses dados |
| Análise | Fácil análise | Análise difícil |
Você pode conhecer outra maneira de se referir a esse conceito. A expressão em inglês database, ou “base de dados” também pode ser traduzida como “banco de dados”. As duas são usadas como sinônimos, embora “base” seja mais comum em Portugal.
Também pode se falar em Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBD), do inglês Data Base Management Systems. Nesse caso, se trata de softwares como MySQL e SQL-Server, que funcionam para gerenciar diferentes bancos de dados.
Apesar dessas distinções, entende-se que os bancos de dados são fundamentais para armazenar informações de todo tipo. Isso é muito valioso em um mundo com um volume tão grande de dados.
Qual é a diferença entre usar planilhas e bancos de dados?
Ferramentas como Microsoft Excel e Google Sheets são muito utilizadas para analisar dados a partir de planilhas. No entanto, as planilhas possuem um limite de aproximadamente um milhão de registros, o que dificulta o gerenciamento de grandes volumes de dados e a sincronização de todas as informações.
Já os bancos de dados possuem uma capacidade muito maior de armazenamento. Eles são escaláveis, ou seja, podem crescer junto com o negócio, mantendo a mesma eficiência. Podem integrar dados de diferentes sistemas e possibilitam análises mais robustas.
Além disso, os bancos de dados contam com outras vantagens. Os SGBD são desenvolvidos para manter o controle de todos os dados armazenados e garantir a sua segurança, evitando perdas e inconsistências.
Quais são os principais tipos de banco de dados usados nas empresas?
São muitos os tipos de bancos de dados: relacionais, distribuídos, blockchain e outros. Porém, dois tipos são mais utilizados e relevantes para a maioria dos contextos empresariais.
SQL
Usamos bancos de dados SQL são muito utilizados em sistemas com fortes relacionamentos entre os dados. Também são comuns em sistemas financeiros, ERP (Enterprise Resource Planning), e plataformas de e-commerce.
Nesse tipo de banco, a linguagem SQL (Structured Query Language) é a principal ferramenta para interagir com os dados. Com SQL, é possível fazer consultas complexas, inserções, atualizações e exclusões de dados. Assim, desenvolvedores podem gerenciar grandes volumes de informações com eficiência.
Uma das grandes vantagens dos bancos de dados SQL é a adesão às propriedades ACID:
- Atomicidade: assegura que as transações ou são completadas ou não acontecem, evitando estados intermediários que poderiam corromper os dados.
- Consistência: garante que as regras definidas pelo banco de dados, como restrições, chaves primárias ou estrangeiras, são sempre mantidas.
- Isolamento: assegura que as transações são realizadas de forma independente, evitando conflitos entre operações simultâneas.
- Durabilidade: garante que as transações são permanentemente registradas, mesmo em caso de falhas no sistema.
Essas características tornam os bancos de dados SQL mais precisos e estáveis. Elas também ajudam a manter a confiança dos usuários em outros sistemas que dependem dessas informações. Por isso, escolher um banco de dados SQL é uma decisão estratégica para muitas empresas.
NoSQL
Os bancos de dados NoSQL são utilizados em contextos específicos, em que a flexibilidade é mais importante, como em aplicações de Internet das Coisas (IoT) e redes sociais. Nesses casos, eles precisam lidar com grandes volumes de dados que evoluem rapidamente, o que requer estruturas menos rígidas do que as dos bancos SQL tradicionais.
O tipo NoSQL permite o armazenamento de dados não estruturados ou semiestruturados, como documentos, gráficos, pares chave-valor e colunas largas.
Essa característica é ideal para aplicações dinâmicas, em que acontecem muitas operações em tempo real. Nas redes sociais, por exemplo, onde os usuários estão sempre produzindo conteúdo em forma de posts, comentários e curtidas, os bancos de dados NoSQL escalam em nível horizontal. Da mesma forma, em aplicações de IoT, em que há dispositivos variados coletando dados simultaneamente, eles fazem uma ingestão rápida, com alta capacidade de processamento.
Além disso, os bancos de dados NoSQL são projetados para se integrar facilmente com outras tecnologias e análises avançadas. Por isso, empresas que adotam o banco NoSQL conseguem acompanhar as mudanças do mercado em um ritmo mais acelerado.
Qual é a diferença entre banco de dados on-premises e na nuvem?
Os bancos de dados podem ser hospedados tanto localmente (on-premises) quanto em um serviço de nuvem. Quando a hospedagem é local, a empresa tem controle total sobre o hardware e o software e pode customizar de acordo com suas necessidades específicas. Porém, essa abordagem exige uma infraestrutura robusta de TI e uma equipe dedicada à manutenção contínua, o que pode representar um custo significativo.
Por outro lado, na nuvem, a empresa delega a gestão da estrutura e foca em outras competências. Assim, é possível escalar bancos de dados rapidamente, com upgrades e ajustes de capacidade. Provedores de serviços em nuvem também garantem a qualidade das suas entregas através de Acordos de Nível de Serviço (SLAs), contratos que estabelecem níveis esperados de desempenho.
É possível migrar um banco de dados on-premises para a nuvem, com o auxílio de ferramentas como o Database Migration Service do Google. Além disso, as empresas podem controlar o orçamento e otimizar o uso dos serviços em nuvem com uma calculadora de custos. Dessa forma, elas podem equilibrar os custos da operação com os seus benefícios.
Mais respostas
Um banco de dados bem estruturado é a base necessária para organizar informações e acessá-las com segurança. Por isso, seja começando um novo projeto ou buscando otimizar sistemas antigos, é essencial compreender esse conceito.
Para explorar ainda mais o assunto, assista à programação da Jornada de Engenharia de Dados 2024.
Mas se você ainda tem dúvidas sobre como tornar o banco de dados do seu negócio mais eficiente, entre em contato conosco. Estamos prontos para ajudar!